21.8.12

O corpo Tez em transformação


Conforme o tempo passa a cria forma-se, cria conexões, sai do mundo das ideias e ganha vida no corpo de cada intérprete-criador. Foram meses de processo até este, que nomeamos de TEZ, ganhasse pele, órgãos internos e pelagem. A cada passagem sentimos um movimento de comunhão entre as respirações das cenas, isso remete ao  funcionamento  de cada órgão presente neste corpo TEZ em transformação. Ora tem vontade própria, exige modificações, tempos diferentes e encontros não programados, ora quer aquietar-se, repousar e digerir as situações. São as quedas em tons de cinza concreto que puxam os corpos para o presente instante. Os pés bombeiam as passadas e corridas identificando cantos gelados e mornos, dando temperaturas aos diálogos e sons. Tudo torce, puxa, pulsa, estica, compartilha, embaraça e despenteia. O movimento está para o orgânico como o encontro pode propor relações na cena.  As relações tendem à algumas situações, da mesma maneira como o  processo de criação tende à nossa cria. Os diálogos se abrem a medida que o corpo TEZ se forma. E neste instante ainda podemos dizer: “EU NÃO SEI”. Não da mesma maneira como vimos esta frase pela primeira vez com a Paula Regina no início do processo, mas: “Nós ainda não sabemos”.Porque a obra cria vida sozinha e, uma vez em criação, sempre estará se auto criando e em processo de transformação.


Um comentário:

  1. yeah!!! estamos sempre "carregando", neh.. massa a animaçao.
    quanto ao Paula Regina... humpf!
    :*

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