A Busca pela normalidade da Loucura.
Para
a proposta coreográfica de POR UM FIO, houve a Busca da loucura, da
representação da mesma, mas sem a apresentação desta “característica” como algo
pantomímico, a busca pela Normalidade da Loucura.
Considerado
louco por alguns e gênio por outros, a sua
figura insere-se no debate sobre os limites entre a insanidade e a arte, no Brasil. A sua história
liga-se também à da Colônia
Juliano Moreira, instituição criada no Rio de Janeiro, destinada a
abrigar aqueles classificados como anormais ou indesejáveis (doentes
psiquiátricos, alcoólatras e desviantes das mais diversas espécies).
A
companhia MIMULUS, transpõe o fascínio pelos bordados, escritos, amontoados de
Arthur Bispo do Rosário, para a confusão de braços e corpos que bordam as
criações coreográficas. Emaranhado de fios elétricos, filamentos das lâmpadas
incandescentes que se confundem com os fios condutores das coreografias. Cenário
e luz partem também deste emaranhado que tece a memória das coisas, fios
inventários do mundo e suas coleções, das repetições que reverberam o anonimato
de Bispo do Rosário. Nele se fazem presentes a luz e a sombra, a loucura, a
memória.
O
figurino inspira-se na forma como os internos vestiam-se para os bailes da
Colônia e é confeccionado em sua maior parte com o aproveitamento de retalhos e
tecido descartados.
O
espetáculo POR UM FIO é uma homenagem ao centenário de nascimento de Arthur
Bispo do Rosário e aos 20 anos de sua morte e a todos aqueles que fazem a arte
sem saber que fazem.
Para
a proposta coreográfica de POR UM FIO, houve a Busca da loucura, da
representação da mesma, mas sem a apresentação desta “característica” como algo
pantomímico, a busca pela Normalidade da Loucura.
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