1.3.09

Conhecendo a companhia...


Nova postagem com mais uma integrante da companhia:
dessa vez a Débora Higa, "nossa japa".
Nesta foto, ela e Júlio César Floriano, se entrelaçam nas tramas subjetivas, que abrangem de forma bastante intensa e "sólida" o mais novo espetáculo da Cia, "Amor Liquido".
Vejamos o que diz a Binha (apelido dela)...

"Ai, ai, ai... chegou a minha vez! A ânsia em escrever e expor minhas idéias me renderam algumas noites mal dormidas. Afinal, falar sobre o quê? O universo da dança é gigantesco! Poderia falar sobre o profissionalismo da dança (mas a Júlia já o fez!), ou então, sobre dança e educação (já que todos que querem viver da arte se vêem, pelo menos uma vez na vida, dentro de uma sala de aula no papel de professor... ora, precisamos sobreviver e temos contas a pagar!) poderia, também, falar sobre o BPI (bailarino-pesquisador-intérprete), termo que virou moda, praticamente um jargão. Não, resolvi falar sobre algo que não tenho muito domínio, mas que começo a perceber a sua importância:a necessidade de estudar dança! Não estou falando em estudar algum tipo de técnica ou método, não apenas isto. Falo em conhecimento, em conteúdo que vai desde os bailes de corte até as mais mirabolantes acrobacias de companhias atuais, passando por ideologias e, por que não, fantasias de estudiosos de dança.
Quando a gente escolhe a dança como profissão, seja como intérprete, criador ou professor, é preciso ter uma base sólida, apoiada no conhecimento. Só assim passaremos do apenas “eu gosto” e “eu não gosto” para o “eu gosto, porque...” e “eu não gosto, porque...”. Transpomos a superficialidade para o aprofundamento. Percebemos que melhor do que perguntar é saber o quê perguntar. Aprendemos a pensar e, assim, não engolimos “qualquer coisa” imposta por alguém.
O estudo, a pesquisa, a curiosidade em saber nos torna artistas (no sentido mais humilde da palavra) ao invés de simples amantes da arte. Além disso, podemos transitar em outros meios artísticos (música, fotografia e, por que não, circo) com a mente mais aberta e receptiva, sem preconceitos, com muito mais conteúdo, consciência e critérios para avaliar um trabalho e suas influências.
Não... não vou concluir com um extraordinário final até porque, como já disse, não sou uma expert no assunto. Só espero que tenha despertado alguma vontade de estudar dança em alguém. Para mim isso já basta!
Ahh... espero que 2009 seja “o” ano para a gente! Merda Ginga!!!"
Débora Higa é graduada em Publicidade e Propaganda. Cursa a Pós-Graduação em Dança Latu Sensu pela UCDB. Tem experiência em Ballet Clássico, Dança Contemporânea, Dança Flamenca e Sapateado Americano. Foi bailarina de algumas companhias de dança de Campo Grande. Atuou como bailarina do corpo de baile do Le Cirque nas temporadas de 2007 e 2008. Foi ganhadora da Bolsa Funarte de Incentivo à Criação e ao Aperfeiçoamento de Números Circenses, com o Projeto Tecido Acrobático em julho de 2008. Atualmente é professora de dança criativa para crianças. Trabalha na Ginga Cia de Dança desde 2006.

3 comentários:

  1. Binhaaaa....adorei...concordo plenamente com vc e sinto tb essa necessidade constantemente....vamos lá...estudando, se questionando e evoluindo...

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  2. O melhor parte da Binha para mim é essa:

    "Não... não vou concluir com um extraordinário final até porque, como já disse, não sou uma expert no assunto. Só espero que tenha despertado alguma vontade de estudar dança em alguém. Para mim isso já basta!"

    Na minha opinião o desprendimento ressaltado nesta frase demonstra a disponibilidade, que acredito ser maior passo para o aprofundamento nos estudos da dança. E quando a gente se entrega, a dança emana... Passamos despertar a vontade da dança no outro naturalmente. Amei!

    Merda pro Ginga hoje e na super jornada que vem por aí.

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  3. http://www.culturafashion.com.br/noticia.php?id=408

    um texto que eu escrevi sobre o espetáculo Amor Líquido. Gostaria de saber a opinião de vocês (=

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